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Dois poemas inéditos

[guerra] lamentos secos redigem convites para um bailado impossível. o que fazer quando cessar o infinito e as aves curvas, refestelando-se, abrirem o vácuo? não resta muito ao sábio que inebriar-se no poço do próprio umbigo. breve descerão as setas tonitruantes e os próprios deuses quedarão insones. ..................................... [mórbida] Quem nunca, estando só, Horrendamente só, Não largou os afazeres, Sumiu na noite E foi se haver às portas da Insânia, Tremendo gélido, Ávido por qualquer resposta, E, nesse canto do abismo, Não ouviu entre os grilos E a brisa mórbida, Vinda de nenhum lugar E de toda parte, Uma voz jamais ouvida, Mas tão serena e amiga, Dizer-lhe: “vem”? Quem nunca, estando só, Horrendamente só, Não largou os afazeres, Sumiu na noite E foi se haver às portas da Insânia?

Do horror

o horror ficcional pode nos ajudar a lidar melhor com o horror factual. não é o caso de adicionar mais um horror a um rol já vasto, mas ensinar a entender e refutar (ou abraçar, se for o caso) os horrores do mundo usando narrativas que os simplificam e potencializam por meio de analogias. podemos, através da literatura de horror, lidar com as várias formas de horror que nos fustigam, desde o horror sociocultural cotidiano perante as crueldades e os absurdos conhecidos ao horror existencial da incapacidade de processar a totalidade do existente, deixando o Desconhecido como algo que nos seduz e aterroriza. o horror ficcional pode oferecer uma sessão de terapia da qual saímos com o alívio de quem purgou seus temores ou pode oferecer uma melhor compreensão daquilo que tememos, possibilitando uma reação abalizada. pode nos fazer ver o humano/compreensível no monstro/abominável ou o monstro no humano. ou pode simplesmente nos ajudar a reconhecer e processar nossos mais vis sentimentos. o...

stare while you masturbate - an experimental poem

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!, an experimental poetry

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luv

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ELegy

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self translation 5

those who with their fist smash, if needed be, may amuse. the same hands that almost choke, when it suits, also give pleasure. who with a whisper allures, if there's change of plans, detaches. who in a quiet mood comforts, with equal calm, could destroy.

self translation 4

to be a man is really a hard load job. Ulysses, see: some men prefer be pork. the pasture is what do lead to real delight. "being happy is far better than being right!" they smile with their gut full and their nut void. so many already are pigs although they stand. they prove the mud and never expect the pan. Ulysses, see: some men prefer be pork. to be a man is really a hard load job.

self translation 3

don't fool yourself: this peace won't last. accept those worms as long as it delays contest. every treaty is but a trap. look out their sheet for any bells. excuse don't give for us being killed. if this be in need, extend your hand. and force a grin. always sail low, and wait the wind. a dagger close. your will? no hint. bove all we tell: don't ever rest. don't fool yourself: this peace won't last.

self-translation 2

[horror] tonight (black rag to no dish) mildewed lilies in a convulsive yellow beget blowflies. over Baghdad they flow, those unruffled crows. we all have deaf eyes. but - here's a secret - these verses don't leave us less wicked.

self-translation

[accountancy] black sun in the streets. in rags drag themselves  the shards of this scene. the city indicts the heavens with its dark glass pinkies. my feverish daemon, in a skeletal squeeze, sticks  such shrapnel in my bleed: .......................pulsating worms in the dreams .......................of every reticent being .......................crave: "killing!". .......................so the knife in their eyes .......................and napalm in their speech. .......................so the plaques those moms cradle .......................or the moan to kids breached .......................while in their mud thrones frigid  .......................graphs are governing these  .......................macabre machineries! my silence smells like shredded babies. metaphysical caress: my reefer necropsies me.

sobre "A poesia agora é o que me resta"

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Meu primeiro livro foi lançado em 2013. [Parei de falar "livro de poemas" porque todos os meus livros e provavelmente sempre serão "de poemas".] Saiu pela Editora Patuá por graça e obra de Eduardo Lacerda, meu primeiro editor, sempre muito gentil e amigável. O lançamento oficial foi na minha cidade, pra menos de meia dúzia de amigos. Mas houve um lançamento não-oficial em São Paulo, num barzinho, em que o Eduardo me apresentou a diversos autores do cenário paulistano. Foi uma grande experiência, que tem repercussões inesperadas até hoje, como um escritor me dizer que já me conhecia de nome por eu ser citado por pessoas do movimento maloqueirista - algo que eu não sabia. "A poesia agora é o que me resta" me rendeu e ainda me rende bons contatos. Quando eu reuni os poemas do livro, meu objetivo foi montar uma obra coesa a partir de poemas escritos em épocas distintas, com estilos e sentidos distintos. Recentemente eu reli o livro e notei que alguns de se...

Três poemas de Blasfêmias

Seguem abaixo três poemas do minilivro Blasfêmias. Os poemas do minilivro segue os momentos centrais da missa católica e os reapresentam de forma crítica em relação a determinados dogmas comuns ao mainstream da tradição judaico-cristã. Não há uma amostra grátis disponível em pdf porque o minilivro é bem fino, trazendo apenas 14 poemas (pouco menos da metade de Nódoa). Quem quiser adquirir o minilivro, ele está disponível exclusivamente na Editora 7Letras ao preço módico de 12 reais. Seguem os três poemas: [ homilia ] então ao golpe o sangue se remenda e o assento ora firme, em reverência, o faz cobrar à fada alguns tostões. o bar a farfalhar, o chão dervixe. só ratos no porão, ao sótão cinzas. a RAM inacessível, a ROM borrada. vestígios de Orloff, horror e cacos. a ordem de despejo à foz da noite. a odisseia ao caixa, solitária. nem trapo a recusar o feito dão-lhe. à conta apõem as sobras da ofensa. se antes rebolava, agora manca. ........

Amostra grátis de Nódoa

Meu segundo livro, Nódoa, foi lançado no dia 20 de julho no Rio de Janeiro. Estou vendo a possibilidade de realizar um lançamento em outros estados - ao menos o meu. O livro reúne 30 poemas. Quase todos, publicados anteriormente em revistas literárias. As versões do livro são muitas vezes diferentes das já publicadas. A Livraria da Travessa preparou uma amostra do livro, com as primeiras 16 páginas. Alguém fez o favor de transformar em uma versão mais afeita à leitura online e publicar no Yumpu . Quem gostou da amostra pode usar o índice pra procurar mais poemas no google. Quem quiser comprar o livro tem várias opções. Algumas livrarias do eixo Rio-SP entregam o livro pra qualquer lugar do país. Talvez alguma entregue até pra fora do país, vou lá saber. Você também pode adquirir o livro diretamente na Editora 7Letras . Sobre o livro Escrevo poemas desde o Ensino Médio, se estou bem lembrado. Minha professora de Literatura do primeiro ano me incentivou a produzir mais ...

onde me achar

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Segue uma lista dos livros que publiquei e das revistas que me publicaram. Primeiramente, vamos aos livros. Em 2015, a 7Letras lançou meu segundo livro, "Nódoa". O livro está disponível para compra em diversas livrarias de todo o país. Na mesma ocasião, a editora lançou meu primeiro livreto (ou plaquete, se preferir): "Blasfêmias". A 7Letras tem esses dois materiais à disposição de possíveis interessados. Remeto-os à minha página de autor no site da editora. Nela estão os links para a compra do livro e do livreto. https://www.7letras.com.br/autor?id=1089 Um segundo livreto, chamado "Ensejo", foi publicado, na íntegra, pela revista Modo de Usar & Co. . Meu primeiro livro, "A poesia agora é o que me resta", lançado em 2013, pela Patuá, segue disponível para compra no site da editora. http://www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=192 Um terceiro livro está a caminho. Recentemente, ...