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Uma possível tradução pro meu poema preferido de Whitman

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Uma possível tradução pro meu poema preferido de Whitman Invocação Final 1 POR fim, com ternura, Dos muros da poderosa fortaleza, Do aperto das trancas de malha — da espia das portas lacradas, Serei soprado. 2 Possa eu planar em silêncio; Co'a chave da suavidade, destranca as trancas — c'um sussurro, Abre as portas, ó Alma! 3 Com ternura! paciência! (É intensa tua posse, ó carne! É intensa tua posse, amor.) .............................. Original: The Last Invocation Walt Whitman (1819–1892) in Leaves of Grass (1900) 1 AT the last, tenderly, From the walls of the powerful, fortress’d house, From the clasp of the knitted locks—from the keep of the well-closed doors, Let me be wafted. 2 Let me glide noiselessly forth; With the key of softness unlock the locks—with a whisper, Set ope the doors, O Soul! 3 Tenderly! be not impatient! (Strong is your hold, O mortal flesh! Strong is your hold, O love.)

Do horror

o horror ficcional pode nos ajudar a lidar melhor com o horror factual. não é o caso de adicionar mais um horror a um rol já vasto, mas ensinar a entender e refutar (ou abraçar, se for o caso) os horrores do mundo usando narrativas que os simplificam e potencializam por meio de analogias. podemos, através da literatura de horror, lidar com as várias formas de horror que nos fustigam, desde o horror sociocultural cotidiano perante as crueldades e os absurdos conhecidos ao horror existencial da incapacidade de processar a totalidade do existente, deixando o Desconhecido como algo que nos seduz e aterroriza. o horror ficcional pode oferecer uma sessão de terapia da qual saímos com o alívio de quem purgou seus temores ou pode oferecer uma melhor compreensão daquilo que tememos, possibilitando uma reação abalizada. pode nos fazer ver o humano/compreensível no monstro/abominável ou o monstro no humano. ou pode simplesmente nos ajudar a reconhecer e processar nossos mais vis sentimentos. o

tradução de um trecho de Macbeth

Lady Macbeth - "(...) Amamentei, e conheço o terno amor dado ao bebê que suga. Pois eu, mesmo em face de seu sorriso, arrancaria de sua boca o peito e lhe partiria o crânio, se o jurasse tal tu a isso". (Macbeth, Ato 1, Cena 7) Original: Lady Macbeth - "(...) I have given suck, and know How tender ’tis to love the babe that milks me. I would, while it was smiling in my face, Have plucked my nipple from his boneless gums And dashed the brains out, had I so sworn as you Have done to this". (Macbeth, Act 1, Scene 7) Comentário: Eu sempre achei essa imagem fortíssima. Me chama mais a atenção do que a das mãos que "nunca estarão limpas".